Friday, February 14, 2014

Nunca fui poeta.

Seria poesia se coubesse numa linha.
Ainda espero o outono pra colecionar folhas secas com pontos finais, reticências e petulâncias.

No conflito das palavras, as cinzas voam com o sopro do lobo e chegam até o fim da linha, ponto final e próxima parada, como se a vida fosse um trem, deixa transportar o que há de transbordar.

O pior inimigo me olha nos olhos todos os dias pelo espelho, cala o agouro de que enquanto tudo estiver bem, não se precisa pular os muros. Queremos o que não podemos, só pra vida ter a graça de perder pra aprender, perder sem aprender e errar por não ter aprendido.

O valor é pequeno, pago em parcelas diárias e a cada dia a estrada é mais longa... Nem todo mundo aguenta o pique da corrida, eu fiquei parado naquela curva olhando os participantes dançarem os dias, já conheço o finais de todos esses filmes inéditos... Maldita retração do psicológico.

No borrão do batom a assinatura do dizer que: "Sincero é apenas o frio da janela pra dentro."

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Maira Gall