Friday, June 27, 2014

Que seja como quiser.

Comprovado, ninguém quer que seja assim, apenas acontece.

Gostar, não gostar, falar, não falar, pensar, não pensar, querer, não mais querer... Tudo acontece e, depois que aconteceu, a gente pensa o que fazer. É como ficar doente aos poucos e não tomar os devidos remédios, sempre faço isso.

Acho que tudo diferente me deixou encantado demais, a vida tem sido uma turbulência nos últimos anos... deve ser por isso achar estranho a calmaria, isso sempre precedeu tempestade.

A gente sempre toma cuidado pro barco não virar, ondas são a prova do esforço.

Agora decide se me ampara... ou me afoga.

Rio, pra não chorar.

Existem dois tipos de gente, pontes e rios.

Pontes esperam passageiros paradas em seus postos, o rio não pára e quanta água já passou desde que cê chegou? Tudo bem, há tempos não sentia saudade de ninguém.

Caminhando entre 8 e 800 a gente sempre fica sem reação, é como descer correndo a escada rolante que sobe ou mergulhar em local desconhecido pensando: "Tomara que não tenha nada lá embaixo."

É chato não saber o que dizer mas, ainda pior, é deixar qualquer outra coisa deixar falar mais alto, os hóspedes tem sono leve e não queremos reclamações na recepção.
Não sei se entre o que se atende e se entende tem algum bilhete pra viagem... Mas, eu te levaria pra passear se não preferir andar sozinha.

Monday, June 23, 2014

Eu não queria ver o amor por esse lado.

Já se arrependeu muito de uma coisa na vida? Geralmente a gente sempre direciona esse pensamento pra alguém. Pensa de novo e se arrepende... é assim que funciona.

Aquela história triste de que o amor não existe não tem residência fixa, tá espalhada por aí e o pior é... ele existe sim. Guardado entre trapos e farrapos, batons secos e guardanapos, fotos velhas e arrependimentos guardados.
Eu só me arrependo daquela mancha amarga no tapete, aquele buraco no fundo do aquário, a cinza do bolo no sofá e toda aquela pilha de "eu não me importo mais" no fundo da sala.

Há tempos que a vida prega peças e sou do tipo de gente que sempre cai em pegadinhas, meu pecado é dar voltas e mais voltas em torno do mesmo sol que todo mundo, queria um sol só pra mim.
E aí o vento bate, a vela apaga e a gente lembra que não existe amor, existe talvez a vontade de ficar perto, dormir junto, mas isso não é amor.

Pode ser que apareçam marcas e folhas rasgadas... Mas, se isso fosse amor, meus poemas estariam registrados em um cartório sem nome.

Sunday, June 15, 2014

Tá cada dia mais difícil ser sincero.

Quanto elogio a gente guarda, pensa tão bem e trata como se tivesse tudo na mesma só pra não mostrar empolgação demais, talvez não parecer interessado demais, vulnerável demais.
Fácil mesmo é o xingamento, não existe nada mais sincero do que aquele palavrão quando se chuta o pé da cadeira, aquele carro devagar no trânsito ou aquele tropeço no caminho. É muito mais fácil demonstrar rancor, amor demanda interesse, algo que falta por aqui.

Fato, às vezes é melhor ficar quieto, a gente sabe disso, só não pratica o quanto deveria. O ouro do silêncio, a prata da conversa e que se foda o bom termo feito pelo simples agrado, você pensa bem pra elogiar.

Friday, June 6, 2014

Entre a razão e a solidão.

Antes de perguntar as horas, aproveite o tempo... Foi esse tipo de coisa que aprendi quando o vento parou de soprar e as velas baixaram.

A gente é um oceano inteiro em um pedaço de carne e confusão, as únicas opções são naufragar ou navegar... Aí você que escolhe.

Eu? Naufraguei... E lá do fundo eu vi que existe vida onde nem se pode respirar, quase como nos sentimos quando perto do seu outro continente, tanta água, tanta mágoa e ainda há terras por descobrir.

Entre tudo e todo tolo lugar que eu queria conhecer tem você, mas tem tanta coisa que te perdi nas caixas...

Eu sou um poço de qualidade e defeito, só que o lado do defeito é mais fundo e de tanto a tão pouca água, eu me afogaria acompanhado.
© pensamentos voam com o vento;
Maira Gall