Wednesday, August 13, 2014

Não me jogo mais.

Tanto trabalho e pouco tempo pra consertar a falha.
Tanto amor? Tanta migalha e nesse jogo só jogo toalha.

Na gambiarra a vida vai passeando, jogando ao vento a sorte pra te ver correr em círculos atrás de pipa, perco a linha lembrando o quão grande é a distância entre o peito e o céu hoje em dia.

Tá, a gente cresce, alcança o alto da estante mas em um instante perde o chão, isso eu já aprendi mas ninguém disse que crescer me tiraria a vontade de correr por campos, de terra, não batalha, eu nem aceitaria que o fizessem.

Carrego o fardo de que vou passar a vida nos montes olhando o horizonte distante sem tocá-lo, tudo bem pra mim, já se foram tantos outros montes de mentiras e histórias tristes que, quem sabe, o sol bata do outro lado do frio.

Monday, August 11, 2014

Eu vi.

A vida é natural, acontecimento.

Dividi os pensamentos, uma linha que separa loucura e sanidade, o que é lembrança e saudade, o que é carência e afinidade, no meio da bagunça das gavetas guarda-se um canto pra dormir... pra não sair.

Esbarrões e tudo muda, o dia nasce mais cedo quando a gente olha o sol sem arder a vista.
Já colocou num pote tudo que lhe aperta o mundo? Abre espaço no peito e guarda a caixa velha no sótão.

Só tão, assim e só então, tão só que permaneço aqui mesmo quando a chuva acaba.
Entre motorista, calçada e alma calada.
© pensamentos voam com o vento;
Maira Gall