Thursday, April 24, 2014

A montanha-russa e o eterno do meio pro fim

A vida fica mais leve pra quem tira o prego do peito, sabemos disso e ainda nos deixamos aos martelos.
Quase certeiro, como uma abelha trocando a vida sem exitar a picada. Dói né?

A gente sempre gosta, sempre. Mesmo que olhando sorrir em meio aos leões, não se pode jogar comida aos animais, por isso, visitantes não entram na jaula.
Talvez isso seja só uma péssima comparação... Talvez não seja uma comparação.

Compreendemos tudo errado na aula, não dão cursos como "O que fazer com corações enferrujados"
...Com certeza me inscreveria. Seria uma coisa útil de se aprender.

Do meio pro fim, todo mundo levanta a mão na descida da montanha-russa da vida...
Mas, isso não quer dizer que você não possa tomar sorvete sozinho.

Já achou um cachorro na rua?

Sempre fui azarado, não achava nem moeda enquanto meus amigos contavam notas encontradas na rua, sempre fiquei olhando pro céu pra ver se achava uma nuvem cadente.

Nas buscas vi o céu abrir e fechar diversas vezes, nem sempre de acordo com a estação do ano, estas são como o ano todo, até mais ano se eu pudesse dividir o chuveiro quente em uma ilha deserta, um vinho frio em uma pilha de coberta... O céu fica longe do chão e eu não sei voar, mas onde eles ficaram com medo de cair... Eu pulei por diversão.

Um dia eu encontro o ponto de partida desse motor velho, vai que a carroça anda.

Abrir os olhos.

Hoje, ficamos entre ser e parecer feliz com os olhos vendados.
Tem tanta coisa pra ver que a janela fechada é um pecado, o vento que levou ela embora trouxe mais coisa, frio por exemplo... Mas até flores nascem no inverno.

Tudo tem dois lados, um deles sempre vai estragar tudo.
Tudo é relativo, nada também. Confuso né?
Faz sentido dizer que se tornar só, sozinho, deixa mais forte quem não interrompe os carros na avenida, triste é dizer que o semáforo ficou aberto quando saíram pra se encontrar, esse é meu desconforto.

Quem pode parar você quando mal conseguem encontrar motivos pra seguir em frente?

A gente supera quando erra, dos erros no pódium só errou aquele que achava que não conseguia superar. Ganhou. O prêmio? Superar o tamanho da pedra que colocou no caminho.

Depois de tanto perder, ganhou o tempo... Tempo pra pensar, talvez por isso não saia pra caminhar.

Monday, April 7, 2014

"Já estou cheio de me sentir vazio."

Estar livre não liberta já que viver se restringe a quem se sente vivo.
Fato que não sabemos lidar com a ausência, seja de fé, de companhia, de amor ou de saudade... A falta que faz sentir falta.

Aprender a lidar com o mundo ou aprender a lidar com você mesmo, entre os dois, ainda acho o segundo mais difícil.
Sou um monte de tralhas que carrego por teimosia, entre a saudade de se sentir completo e a completa ausência de vontade... Não tenho acompanhado meus pensamentos, a dança dos dias deixou meus pés cansados de esperar um par, ímpar, desencontro, pedra, papel e tesoura.

Pega minha vida, coloca na sua mala e me esquece na rodoviária.

Tuesday, April 1, 2014

1º de abril

Não te vi mais por aí... Naqueles cenários que eu te colocava mesmo sozinho.
Tem dias que eu passo pelos mesmo lugares e só percebo na volta que a gente sentou naquele banco pra rir do tempo passando, mas ainda não sei o quão isso é bom.

Não sinto mais falta de um nome, só daquela parada cardíaca momentânea quando os olhares se cruzavam. Voltei à comer coisas que me lembravam você ao som daquela banda que você gostava só pra provar pra mim que a escada rolante subiria depois de tanto descer.

É não sentir mais falta do perfume, só do cheiro.
Não é solidão, é sentir falta do travesseiro.
Não é pensar em você, é pensar na falta que nos faz se sentir inteiro...

Passou, como tudo na vida passa, ficou, como quase que tudo passa, fica...
Passa, fica e se passa pacifica, mas talvez não seja mais paz que procuramos.
© pensamentos voam com o vento;
Maira Gall