Sunday, September 15, 2013

Rumo.

Um dia qualquer pode ser o mesmo dia memorável, apesar que já não me lembro mais de dias assim desde que o vento começou a ditar as ordens por aqui.

Quanto marinheiro já vi pedir o bote antes do bote dos próprios monstros que enfrentou no mar, sem saber o caminho de volta pra casa levou à remo a vida toda em círculos... No mar não há regresso.

Ninguém vai me dizer por onde minha embarcação passa, passa o tempo, passa a tempestade e o balançar dos tempos deu ritmo às ondas, vou remando ao caminho que me imagino a guiar.

Há tempos que eu não penso em terra firme, existem tantas ilhas... Só se falta o porto a construir.

Aprendi a carregar no vazio do peito meu lar e não importa onde vá, minha casa aqui está, com toda a bagunça das gavetas, baús de confusão espalhados pelo convés e outras mil histórias voando entre as velas.

Rumo ao norte, ao forte e ao seu ausentar do corte, a qualquer lugar que exista algo que me importe, não que exista... Mas já inventei tantas histórias pra contar, essa foi a desculpa do poeta... Poetas são uma piada.

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Maira Gall