Monday, June 24, 2013

Poetas não fazem poesia.

Outro copo vazio na esperança de tirar o seu reflexo do líquido, afoguei minhas mágoas como velhotes bêbados abandonados pela família.

Poetas morriam por amor, a depressão era o auge de seus poemas, suas histórias bonitas sempre foram baseadas nas mais histórias tristes em vida, na morte poetizadas.

Eu não sou poeta pra morrer de amor, minha morte seria a assinatura dos meus pecados, o pagamento pelos meus crimes em terra, a sentença pela ausência, a confirmação do quanto eu sou vazio em todas linhas, não seria a morte que poetizaria minhas palavras.

Poetas eram cheios de amor pelo próprio amor, eu já o odeio.

Asqueroso é o amor que lhe alimenta a alma e depois a deixa a pão e água, maldito seja o amor que lhe acolhe e depois desampara, o disparar dos batimentos ao pensar nela não é amor, é teu corpo tentando lhe aliviar a dor em um ataque cardíaco.

Belo é o amor somente nos filmes, os filmes são uma mentira assim como o amor, o amor nem existe, não sei que tolo fui em achar que o teria encontrado... Sempre acreditei em lendas urbanas.

No comments

© pensamentos voam com o vento;
Maira Gall